PAÍSES NÓRDICOS
A Finlândia é um país onde o magistério é uma carreira de prestígio, um
modelo de excelência em educação pública, um país onde a profissão de professor
é mais concorrida que a de medicina, um modelo de ensino que privilegia o raciocínio
lógico, onde os alunos têm menos aulas e provas, mas estão entre os melhores do
mundo. Não existem escolas particulares só existem escolas públicas de
qualidade onde os filhos dos pobres e ricos estudam juntos. Os melhores países
do mundo são aqueles de regimes estatais.
Um país que foi pobre até a década de 1950, e só abriu a sua primeira
estrada na década de 60 e na década de 70 os finlandeses resolveram abrir
escolas e fizeram uma revolução que transformou a História do país na educação,
decidiu revolucionar a educação e se tornou um dos mais prósperos do mundo.
O milagre começou com uma decisão histórica do Parlamento finlandês, em
que, todas as crianças passaram a ter oportunidades iguais de estudar em
escolas públicas de qualidades, nas escolas finlandesas os filhos dos
empresários e filhos do lixeiro estudam lado a lado, mentalidades escolares não
existem mais, o ensino é gratuito desde o pré-escolar até a Universidade.
A base do milagre finlandês foi a inclusão social não podemos admitir
que a qualidade da educação de uma criança dependa da condição econômica dos
pais dos alunos.
O segundo ato do milagre finlandês foi uma política radical de valorização
do professor nesse país, onde a polícia não pratica tiro ao alvo com
professores, o magistério foi transformado em uma carreira nobre. Os cursos de
formação de professores foram levados para dentro das universidades, ter um
grau de mestrado é a qualificação básica para poder ensinar nas escolas
finlandesas até mesmo na educação pré-escolar.
Um novo conceito de dignidade profissional dos mestres foi criado, o
magistério passou a ter um alto status na sociedade finlandesa e tem grande
respeito e consideração pelos professores; um salário bruto de um professor
primário é a metade do que ganha um deputado do Parlamento da Finlândia, no
igualitário sistema finlandês quem ganha mais também paga mais impostos.
A valorização do magistério provocou um fenômeno paralelo, a carreira de
professor passou a ser uma das profissões mais concorridas da Finlândia a
frente de cursos de medicina, direito e arquitetura.
O terceiro ato do milagre finlandês que elevou o país ao topo do ranking
internacional de educação,
os finlandeses resolveram fazer o
contrário do que o resto do mundo faz, eles reduziram a carga horária de alguns
alunos e também a quantidade de provas nas escolas.
Os finlandeses dizem que aprenderam uma lição, a educação pública de
qualidade, segundo eles, não é resultado apenas de políticas educacionais, mas
também de políticas sociais.
Os arquitetos da reforma da educação da Finlândia, dizem que, o estado
de bem estar social financiado pelos impostos é fundamental para o sucesso do
sistema, porque além de garantir saúde, moradias aos cidadãos também garantem a
todas as crianças condições iguais para o bom aprendizado.
O refeitório da escola, a mesa é farta, o cardápio diário inclui
saudáveis requeijas, saladas e legumes e também a opção de pratos vegetarianos;
nas salas de aulas os professores assistentes dão atenção individual aos alunos
que precisam de mais ajuda, porque os finlandeses acreditam que todos têm o
potencial de aprender, equipes de pedagogos e psicólogos acompanham
cuidadosamente o desenvolvimento de cada criança.
Nas escolas de todo país, médicos e dentistas cuidam gratuitamente da
saúde dos estudantes que vão cuidar do futuro do país.
O país é o quarto no ranking
mundial da inovação e é o quarto colocado no ranking de competitividade; e o
terceiro país menos corrupto do mundo.
O quarto colocado no Índice Mundial da Justiça e um dos países mais
igualitários do mundo.
O quarto país no ranking de qualidade da democracia.
A Finlândia é o sexto país mais feliz do mundo – ONU. (Texto de um
vídeo).
Ernani Serra
Pensamento: Educação não transforma o
mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo.
Paulo Freire
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