TROCARAM SEIS POR MEIA DÚZIA
De acordo com as declarações
dos dois ministros do governo de Michel Temer a crise do Brasil está de pior a
pior. O Brasil já esteve com outras crises, mas tinha a Petrobras para garantir
a saída da crise, infelizmente, a Dilma entregou a Petrobras a Shell e outras
empresas asiáticas, através de leilões e privatizações, e hoje, querem tirar o
Brasil do buraco sacrificando o povo.
Se a crise foi em grande
parte pela má gestão da Presidenta Dilma Rousseff que gastou mais do que
arrecadou, e para isso, tomou empréstimos à rede bancária nacional e
internacional muito acima de trilhões de reais e que, hoje o Brasil tem que
pagar só de juros bilhões de reais; infelizmente, o país ficou inadimplente por
falta de fundos.
A Dilma Rousseff quis
implantar um plano de austeridade que felizmente a Câmara dos Deputados no
Congresso Nacional não aceitou a volta da CPMF e do Plano Fiscal com aumentos
de impostos aos contribuintes. Vamos ver se agora esses “representantes do povo” vão aceitar a CPMF e o plano
de aumento de impostos.
Agora vem os ministros de
Michel Temer a propor e impor esse Plano de austeridade e a volta da CPMF e mais
impostos sobre impostos contra o povo.
O problema não foi do povo e
sim do governo, portanto esse governo teria que resolver no seu próprio governo
cortando os salários e vantagens de todos os políticos pela metade, enxugando a
máquina do governo, diminuindo o máximo os ministérios e todas as mordomias dos
marajás políticos. Está querendo crucificar o povo como o Cristo. Até agora
ninguém se pronunciou para enxugar a máquina governamental, essa máquina
continua pesada nas costas do povo.
Em seu pronunciamento o
ministro chegou a dizer que a situação estava tão crítica que poderia chegar ao
ponto de não ter verbas para pagar ao funcionalismo público.
Estamos no mato sem
cachorro, estão propondo um sistema arcaico de economia que nunca funcionou e
ambos os governos de Dilma e de Temer querem impor ao povo esse rolo
compressor. Está intimidando o povo e os políticos para
conseguirem o plano de austeridade que vai levar o povo a miséria social,
econômica e financeira.
Querem-se tirar realmente o
país do buraco a primeira coisa a fazer é passar um calote na rede bancária,
dizendo: “Devo não nego, mas só pago quando puder”
e aplicar o dinheiro dos juros bancários no desenvolvimento do Brasil. Aumentar
os salários dos funcionários públicos e dos trabalhadores para que a máquina da
economia possa engrenar com a oferta e a procura. A indústria e o comércio só
se desenvolvem se houver um povo bem remunerado, a máxima de tudo é o salário.
O Temer pode estar até bem
intencionado em resolver o problema nacional, mas com essa proposta de
austeridade não vai chegar a lugar algum, só vai aumentar a miséria social e
enriquecer ainda mais os banqueiros. As grandes economias mundiais estão
torcendo para que haja uma operação de austeridade na economia brasileira,
porque esse plano contábil só favorece também as grandes potências.
A indústria, o comércio e a agropecuária
só vão se desenvolverem se o governo diminuir a carga tributária. Para diminuir
a inflação o governo colocaria no mercado uma parte dos produtos de exportação
para baixar os preços dos gêneros de primeira necessidade.
Enfim, não é tirando do povo
e nem do mercado que vai sair do buraco negro, é somando tudo e dando
oportunidades para o mercado sair da crise.
O que o governo está fazendo
é beneficiando os poderosos: empresários, banqueiros,
etc. e esmagando a economia do trabalhador e do povo em geral. Estão aumentando
os empregos e o PIB à custa do sacrifício dos trabalhadores escravos que perderam
todas as suas conquistas sócio-econômicas do passado. Esse é um falso
crescimento a custa da miséria do povo. Os empresários estão como abutres
esperando as reformas para escravizar os trabalhadores que vão trabalhar sem
nenhum futuro.
Governo bom é aquele que
governa para todas as classes de maneira imparcial. Governo perverso é aquele
que governa para os poderosos ou para as classes menos favorecidas deixando a
balança sempre em desigual alinhamento, são governos injustos, cruéis e
parciais. Para governar um país é preciso estar em nível de prumo.
Ernani Serra
Pensamento: Não existe crise, existe má gestão governamental, corrupção
e burocracia.
Ernani Serra
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