Cidades estão
ficando tão pesadas que começam a afundar.
Em um estudo publicado
recentemente na Advances, a revista da União Geofísica Americana (AGU), o geofísico Tom Parsons, da United States
Geological Survey (USGS), aborda um tema urgente
em relação às grandes metrópoles: os impactos na terra sólida e a concentração
de peso em áreas relativamente pequenas para suportá-lo.
Como meio de investigação
para esse trabalho, Parsons utilizou um estudo de caso, no qual a cidade São
Francisco, Califórnia (EUA), serviu como objeto
de estudo para provar a sua hipótese de que as grandes cidades estão
literalmente afundando sob o seu próprio peso, mesmo desconsiderando a elevação
do mar provocada pelas mudanças climáticas.
Em sua coleta de dados,
Parsons estimou que São Francisco possa ter afundado até 80 milímetros à medida
que a cidade cresceu no decorrer dos tempos. Tendo em vista que a área da baía
tem uma perspectiva de elevação do nível do mar, que pode chegar a 300
milímetros em 2050, esse afundamento extra não deixa de ser perturbador.
O peso de São Francisco
O estudo apresenta um cálculo do peso total da área urbana da Baía de São Francisco, realizando um
inventário de todos os edifícios da cidade com o seu conteúdo, mas excluindo
sua população de 7,75 milhões de habitantes. O total chega a 1,6 trilhão de
quilos, o equivalente a 8,7 milhões de Boeings 747.
Para o pesquisador, esse
peso sozinho já seria o suficiente para "entortar"
a litosfera na qual o centro urbano está apoiado ou mesmo para aumentar as
falhas geológicas (rocha rupturas de blocos de que
compõem a superfície da Terra). Porém, a
situação pode ser mais séria, pois os cálculos do estudo não levaram em conta
veículos, pessoas e infraestrutura urbana.
Parsons teoriza que os
resultados encontrados em seu estudo para a Baía de São Francisco podem
provavelmente ser aplicados a qualquer centro urbano litorâneo, embora com
gravidades variadas.
Para ele, "os efeitos da carga antropogênica nas margens continentais
tectonicamente ativas são provavelmente maiores do que nos interiores continentais
mais estáveis, onde a litosfera tende a ser mais espessa e rígida."
A subsidência
De uma forma ou de outra, de
acordo com o estudo, quando há aumento no peso de determinadas áreas, o
principal impacto dessa adição é alguma forma de subsidência, o assentamento
gradual para baixo da superfície do solo, que segundo Parsons, não é
"insignificante" nas áreas metropolitanas construídas.
Conforme o autor mostra no
estudo, à medida que as populações globais se deslocam de forma desordenada e
desproporcional em direção às áreas costeiras, ocorre uma subsidência adicional
que, conjugada com a elevação esperada do nível dos oceanos, pode agravar o
risco de uma potencial inundação.
As inundações são, segundo
Parsons, "o maior perigo associado à subsidência". Para ele, as prováveis
zonas de inundação deveriam ser objeto de cuidadosas análises à medida que o
nível do mar for se elevando. Para isso,
estudos e fotos de satélite ou aéreas poderiam ser utilizadas para subsidiar
planos de contingência.
As conclusões do estudo, com
base em proporção de populações urbanas e rurais feitas pela ONU, é que cerca
de 70% da população mundial vai morar em cidades em 2050. As mudanças mais
drásticas estão previstas para a África e o sul da Ásia, mas a urbanização é um
processo esperado em praticamente todas as partes do planeta.
Comentário:
A explosão demográfica está
levando a humanidade ao suicídio coletivo, temos que conter essa superpopulação
mundial, através: da conscientização, das esterilizações em massas, dos
anticoncepcionais, ou pela pandemia dada pela natureza.
As construtoras estão
construindo casas, prédios, edifícios... Em qualquer área. Estão aterrando os
mangues, pântanos... Estão até construindo cidades nos oceanos como é o caso de
Veneza que já está afundando. Não estão fazendo nenhum estudo geofísico
prevendo o futuro.
Outros casos sérios são a
poluição dos rios e mares que estão poluindo e contaminando os aquíferos que
por sua vez estão contribuindo para a subsidência geológica com o uso abusivos
dessas águas que no futuro vão formar vazios e em solos mais finos da litosfera
pode haver o desabamento catastrófico de cidades. É preciso com urgência fazer
a limpeza e aprofundamento de rios, canais, mares e oceanos para que a
população comece a usar essas águas dos rios cristalinos para uso doméstico e
para beber, impedindo o uso das águas dos aquíferos. Impedir que as florestas
sejam demolidas ou incineradas porque sem elas não haverá nascentes e nem rios;
os aquíferos um dia vão acabar com o uso desenfreado da humanidade, nem haverá
mais água em cima e nem embaixo da terra.
A humanidade e todos os
seres vivos estão na iminência de serem exterminados da face da Terra pelas
suas ações estúpidas contra a natureza.
Ernani Serra
https://www.facebook.com/ClimatologiaGeografica/videos/958335837871237/
Pensamento: Quem não prevê o futuro não está vivendo o presente.
Ernani Serra
Nenhum comentário:
Postar um comentário