A desigualdade social,
chamada também de desigualdade econômica, é um problema social presente em
todos os países do mundo. Ela decorre, principalmente, da má distribuição de
renda e da falta de investimento na área social, como educação e saúde.
Desigualdade sobe para mais
de 70% da população global, mas pode ser combatida.
21 janeiro 2020.
Desenvolvimento
econômico
Novo relatório da ONU alerta
para risco crescente de divisões; mudança climática, novas tecnologias,
urbanização e migração são grandes tendências; secretário-geral pede que
mudanças sejam usadas para criar mundo mais
igualitário e sustentável.
A desigualdade está
crescendo para mais de 70% da população global, aumentando o risco de divisões,
mas a tendência pode ser combatida, afirma um estudo divulgado pela ONU na
terça-feira.
O Relatório Social Mundial publicado pelo
Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (DESA)
mostra que a desigualdade de rendimentos aumentou nos países mais desenvolvidos
e em algumas nações de renda média.
Cidades, como Nairóbi, estão
entre os locais mais desiguais do mundo.
Problemas
No relatório, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirma que o
mundo enfrenta "a dura realidade de um cenário
global profundamente desigual", em que problemas econômicos,
desigualdades e insegurança no emprego levam a protestos em massa.
Para o chefe da ONU, as diferenças
de rendimentos e a falta de oportunidades "estão
criando um ciclo vicioso de desigualdade, frustração e insatisfação."
Segundo o estudo, as pessoas
que ocupam o 1% no topo da pirâmide de rendimentos são as mais beneficiadas.
Entre 1990 e 2015, a porcentagem de riqueza global acumulada por essas pessoas
aumentou.
No outro extremo, as pessoas
que ocupam os 40% mais baixos da pirâmide de rendimentos ganham menos de 25% de
toda a riqueza produzida anualmente, aumentando a desigualdade a cada ano.
Regiões
Segundo a pesquisa, a
desigualdade torna o crescimento econômico mais lento. Nas sociedades mais
desiguais, com grandes disparidades em áreas como saúde e educação, as pessoas
têm maior probabilidade de viver em pobreza durante várias gerações.
Entre os países, a diferença na renda média está diminuindo, com a
contribuição de países como a China. Ainda
assim, existem grandes diferenças entre os Estados. A renda média na América do
Norte, por exemplo, é 16 vezes maior do que na África Subsaariana.
Combate a mudança climática
pode gerar novos empregos, em setores como energias renováveis.
Tendências
O relatório analisa o
impacto de quatro grandes tendências globais: inovação tecnológica, mudança
climática, urbanização e migração internacional.
Embora a inovação
tecnológica possa apoiar o crescimento econômico, também pode levar ao aumento
das diferenças salariais e deslocar trabalhadores. Segundo a pesquisa, “as novas tecnologias podem eliminar categorias inteiras de
empregos, mas também podem gerar novos empregos e inovações.”
Por enquanto, no entanto,
apenas os trabalhadores altamente qualificados estão colhendo os benefícios da
chamada "quarta revolução industrial.”
Já a mudança climática está
tornando os países mais pobres do mundo ainda mais pobres e pode reverter o
progresso feito na redução da desigualdade.
Ações para combater a crise
climática devem eliminar empregos em setores que geram muitas emissões de gases
de efeito estufa, mas a ONU acredita que a mudança “pode
resultar em ganhos no número de empregos, com a criação de muitos novos
empregos.”
Cidades e
migração
Pela primeira vez na
história, mais pessoas vivem em áreas urbanas do que rurais, uma tendência que
deve continuar. Embora as cidades impulsionem o crescimento econômico, elas são
mais desiguais do que as áreas rurais, com as pessoas mais ricas do planeta
vivendo junto das mais pobres.
Segundo o relatório, “à medida que crescem e se desenvolvem, algumas cidades se
tornam mais desiguais, enquanto que outras se tornam menos desiguais.”
Mulheres ganham 21% a menos
que os homens para desempenhar a mesma função.
Por fim, a quarta tendência
em destaque é a migração internacional, que os especialistas da ONU descrevem
como "um símbolo poderoso da desigualdade global"
e "uma força pela igualdade nas condições certas".
A pesquisa afirma que, em
alguns casos, quando os migrantes competem por trabalhos pouco qualificados, os
salários podem cair, aumentando a desigualdade. Por outro lado, se têm competências
necessárias ou se fazem trabalhos que outros não estão dispostos a fazer, podem
ter um resultado positivo.
Oportunidade
Apesar de um claro aumento
das desigualdades entre os mais ricos e os mais pobres, o relatório afirma que
a situação pode ser revertida.
O secretário-geral diz que
as grandes tendências podem "ser aproveitadas para
criar um mundo mais igualitário e sustentável." Para António
Guterres, tanto os governos como as organizações internacionais têm um papel a
desempenhar.
A pesquisa sugere três
estratégias. A primeira pede maior igualdade de acesso a oportunidades,
através, por exemplo, do acesso universal à educação. Depois, políticas
fiscais, como benefícios de desemprego e invalidez. E, por fim, legislação
sobre preconceito e discriminação, promovendo maior participação de grupos
desfavorecidos.
Comentário:
O ser humano tem tendências
desastrosas como: de destruição, avareza, egoísmo, egocentrismo, etc.
As pessoas mais ricas do
mundo em vez de colocar sua fortuna em movimento para beneficiar a todos,
prefere estocar em bancos para os banqueiros ficarem mais ricos do que eles,
enquanto isso, os pobres ficam mais pobres por falta de oportunidades, de poder
aquisitivo, trabalhos e salários dignos. Parece que o mundo foi criado só para
os ricos explorarem os escravos pobres.
Tanta fortuna estocada e o
planeta pedindo socorro, e esses megalomaníacos entesourando suas riquezas.
O planeta precisa de
saneamento básico, de despoluição em geral, reflorestamentos, menos gente no
planeta... E esses homens bilionários não investem em nada, deixando o planeta
morrer e todos os seres vivos dentro dele. Verdadeiros Cavaleiros do Apocalipse.
Ernani Serra
https://artigos.toroinvestimentos.com.br/homens-mais-ricos-do-mundo-e-do-brasil
https://www.youtube.com/watch?v=Li-SES39Z6E
Pensamento: Somos imagens no computador da vida, Deus é a Internet, e a
morte é o internauta que deletam (apagam) as
vidas.
Ernani Serra
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