Onda de calor
deixa mais de 100 mortos no Canadá
Temperatura se aproximou de 50 graus nesta
terça-feira. Idosos é a maioria das vítimas.
Um homem se refresca numa Praça de
Vancouver, na costa canadense do Pacífico, neste domingo.
Montreal - 30 JUN
2021 - 08:32 GMT-3
A onda de calor que atinge o oeste do
Canadá e o noroeste dos Estados Unidos desde o fim de semana passado mostra seu
lado mais letal na província canadense da Colúmbia Britânica. Nesta
terça-feira, a polícia de Vancouver informou ter recebido “mais de 65 chamadas relacionadas com mortes súbitas”
desde sexta-feira, quando em média investiga três ou quatro mortes desse tipo
em um dia normal. A Polícia Montada do Canadá (RCMP, na
sigla em inglês) relatou que seu quartel de Burnaby respondeu a 25
chamadas na segunda e terça-feira, além de outras nove no fim de semana. As
mortes estão sendo investigadas, mas acredita-se que “o
calor foi um fator que contribui para a maioria das mortes. Muitos dos
falecidos eram pessoas idosas”, afirmou o cabo Mike Kalanj, porta-voz da
RCMP, em um comunicado. Na localidade de Surrey, a Polícia Montada contabilizou
38 mortes, e Victoria teve três. O Serviço Forense da província informou ao canal
CBC que normalmente são registradas 130 mortes em
um período de quatro dias, mas que entre sexta e segunda passadas foram 233.
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Mike Kalanj salientou os riscos destas
temperaturas para as pessoas com problemas crônicos de saúde. “É imperativo que cuidemos uns dos outros durante este calor
extremo”, acrescentou. O serviço de emergências da província já havia
divulgado que, entre sexta e segunda-feira pela manhã, atendeu a 187 chamados por esgotamento por calor e 52 por insolação. “Vancouver
nunca experimentou um calor como este e, infelizmente, dezenas de pessoas estão
morrendo. Nossos agentes se encontram no limite, mas estamos fazendo o possível
para que as pessoas estejam a salvo”, afirmou Steve Addison, sargento da
polícia de Vancouver, nas redes sociais.
Várias cidades preparam centros de
acolhida onde as pessoas podem se proteger e refrescar. Os problemas de saúde
estão sendo agravados porque boa parte dos domicílios nesta província― famosa
por seus verões moderados― não conta com sistemas de ar condicionado. Dezenas
de escolas fecharam suas portas, e a campanha de vacinação contra a covid-19 se
desacelerou. O Ministério de Meio Ambiente do Canadá emitiu no fim de semana um
alerta sobre “uma onda de calor prolongada, perigosa e
histórica” na Colúmbia Britânica, uma província banhada pelo Pacífico. O
ministério pediu à população que se mantenha constantemente hidratada, evite
atividades ao ar livre e, se não tiver algum abrigo público por perto, que
passe o tempo em bibliotecas, shoppings ou outros lugares com ar-condicionado.
Do mesmo modo, as autoridades provinciais proibiram as fogueiras, rojões e o
uso de chaminés.
Os especialistas explicaram que a elevação
das temperaturas se deve à alta pressão estática, que deu lugar a um fenômeno
conhecido como “cúpula de calor”. A localidade
de Lytton voltou a romper a marca da temperatura mais alta já registrada no
país: depois de chegar a 46,6o C no domingo e 47,90 C na segunda, nesta terça-feira bateu em 49,4o C. Ao todo, 60 recordes
de calor foram batidos no domingo na Colúmbia Britânica, e outros 59 no dia seguinte.
O Ministério do Meio Ambiente informou que
a onda de calor começará a perder força na sexta-feira. As altas temperaturas
estão chegando à vizinha Alberta, e o ministério lançou também um alerta para 34 regiões desta província, incluídas Calgary e
Edmonton, suas cidades mais populosas. O
consumo de energia elétrica, tanto na Colúmbia Britânica como em Alberta,
disparou a níveis históricos neste verão.
O calor extrema afeta também os
Territórios do Noroeste, uma unidade federativa cortada pelo Círculo Polar
Ártico. Nesta segunda-feira, a comunidade de Nahanni Butte bateu o recorde
histórico de temperatura nessa região do país: 38,10 C.
Na opinião de diversos especialistas citados na imprensa canadense, a mudança
climática deve intensificar a frequência dessas ondas de calor extremo.
Estudo diz que não houve nos últimos dois
milênios outro período com verões tão quentes como os compreendidos entre 1986 e 2015.
Comentário:
O mundo está esquentando e ninguém está
tomando as devidas providências quanto ao Aquecimento Global. As
florestas estão sendo extintas pelas chamas criminosas e pelo desmatamento
ambicioso das exportações de carnes, sojas, milhos, gado, mineradoras,
madeireiras, ruralistas, combustíveis fósseis, poluição generalizada, garimpos,
etc.
Não sabem esses ambiciosos, irresponsáveis
e medíocres que o seu dia vai chegar quando não houver mais florestas, nem água
nas nascentes, e o planeta vai se tornar estéril e tórrido e, não está muito
longe, esperem até chegar o ano de 2100; se essa humanidade irresponsável não
tomar um caminho inverso de tudo que está fazendo até hoje. O fim da humanidade
e de toda vida no planeta vai ser triste e cruel. O homem vai pagar por todos
os seus crimes contra a natureza. A natureza é justiça divina. O homem optou
pelo inferno terrestre e vai se tornar um demônio nesse império infernal, como
todos os demônios vai viver na tormenta do calor abrasador aqui na Terra até o
último demônio se extinguir da Terra.
A natureza já está dando os primeiros
sinais do fim da vida terrestre e o homem na sua ganância desenfreada e louca
não está percebendo o seu fim.
Pensamento: O
ser humano é um vírus monstruoso que está dizimando o seu próprio habitat.
Ernani Serra
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