Pesquisar este blog A VERDADE ACIMA DE TUDO - ERNANI SANTOS CUNHA SERRA

domingo, 8 de junho de 2025


EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA CAUSA FOME


     A produção alimentícia está em colapso com relação a explosão demográfica mundial?

     Não se pode afirmar que a produção alimentícia global está em colapso total em relação à explosão demográfica mundial, mas há desafios significativos e preocupações crescentes.

     Historicamente, a produção de alimentos tem conseguido acompanhar o crescimento populacional, graças a avanços tecnológicos e práticas agrícolas. No entanto, a demanda por alimentos continua a crescer, e diversas organizações, como a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) e a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), alertam para a necessidade de um aumento substancial na produção nas próximas décadas para alimentar uma população global cada vez maior. A FAO estima que a produção de alimentos terá que subir cerca de 50% até 2050 para atender à demanda.

     Os principais pontos a serem considerados são:

     Descompasso entre oferta e demanda: Embora a produção global seja, em tese, suficiente para alimentar a todos, a distribuição é desigual. Há um cenário em que a demanda por alimentos pode crescer em um ritmo maior que a oferta na próxima década, segundo a OCDE, o que pode levar a um aumento nos preços e dificultar o acesso para as populações mais pobres.

     Fome e insegurança alimentar: Apesar dos avanços na produção, a fome e a insegurança alimentar ainda são realidades alarmantes. Em 2023, aproximadamente 733 milhões de pessoas enfrentaram a fome no mundo, e os níveis globais de fome permaneceram estagnados por três anos consecutivos, com um aumento de cerca de 152 milhões de pessoas desnutridas desde 2019. A África, em particular, apresenta os maiores índices de fome.

     Desafios para o futuro da produção: Diversos fatores complexos ameaçam a capacidade de a produção alimentar acompanhar o crescimento demográfico:

     Mudanças climáticas: Eventos climáticos extremos (secas, inundações, ondas de calor) afetam diretamente as colheitas, a disponibilidade de água e a produtividade agrícola, levando a perdas e aumentos nos preços dos alimentos.

Degradação do solo e perda de biodiversidade: O uso intensivo da terra e a expansão agrícola podem levar à erosão do solo e à diminuição da biodiversidade, impactando a sustentabilidade dos sistemas de produção em longo prazo.

     Escassez de recursos: A água e a terra arável são recursos finitos, e a competição por eles pode se intensificar com o aumento da população.

     Ineficiências na cadeia produtiva: Perdas e desperdícios de alimentos em todas as etapas, desde a produção até o consumo final, agravam o problema de a segurança alimentar.

     Conflitos e instabilidade: Regiões afetadas por conflitos e instabilidade política frequentemente sofrem com a interrupção da produção e distribuição de alimentos.

Teoria malthusiana: A ideia de que a população cresce em progressão geométrica e a produção de alimentos em progressão aritmética, levando a uma inevitável escassez, foi proposta por Thomas Malthus. Embora a história não tenha confirmado um "colapso" total como ele previu, a teoria ressalta a importância de gerenciar o crescimento populacional e a produção de alimentos de forma sustentável.

     Para evitar um colapso e garantir a segurança alimentar global, é fundamental investir em soluções sustentáveis, como:

     Aumento da produtividade de forma sustentável:                    Através de inovações tecnológicas, melhoramento genético, práticas agrícolas mais eficientes e sustentáveis.

     Proteção dos recursos naturais: Gestão da água, conservação do solo, uso de bioinsumos e práticas que preservem a biodiversidade.

     Redução do desperdício de alimentos: Ao longo de toda a cadeia de valor.

     Promoção de dietas sustentáveis: Incentivando o consumo consciente e a diversificação da alimentação.

     Desenvolvimento rural e apoio a pequenos produtores:

     Para garantir a resiliência dos sistemas alimentares e o acesso a alimentos em todas as regiões.

     Políticas públicas eficazes: Para promover a segurança alimentar, mitigar os impactos das mudanças climáticas e garantir a equidade no acesso aos alimentos.

     Em resumo, não há um colapso generalizado, mas a situação é de alerta e exige ações urgentes e coordenadas para garantir que a produção de alimentos possa atender à demanda crescente de forma sustentável e equitativa no futuro.

 

     Por acaso não está havendo uma diminuição dos pescados nos oceanos por excesso de pesca e poluição?

     Sim, definitivamente está havendo uma diminuição preocupante dos estoques de pescados nos oceanos devido a uma combinação de excesso de pesca e poluição. Essa é uma preocupação global e uma das maiores ameaças à saúde dos oceanos e à segurança alimentar de milhões de pessoas que dependem da pesca para sua subsistência.

     Vamos detalhar os dois principais fatores:

1. Excesso de Pesca (Sobrepesca)

     A sobrepesca ocorre quando peixes são capturados a uma taxa mais rápida do que sua capacidade de se reproduzir e repor suas populações. As consequências são graves:

     Colapso de estoques: Muitas espécies de peixes estão com seus estoques em níveis alarmantes, com algumas já próximas do esgotamento, como o peixe-espada e o atum. A FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) relata que a sobrepesca já afeta mais de 35% dos estoques mundiais de peixes, um aumento significativo em relação às décadas anteriores.

     Destruição de ecossistemas marinhos: Métodos de pesca destrutivos, como as redes de arrasto de fundo, danificam severamente o leito oceânico, destruindo habitats vitais como recifes de coral e leitos de algas marinhas, que são essenciais para a reprodução e abrigo de diversas espécies.

     Captura acidental (bycatch): A pesca indiscriminada resulta na captura de muitas espécies não visadas, incluindo animais marinhos ameaçados como tartarugas, golfinhos e tubarões. Muitos desses animais morrem por causa disso.

     Pesca Ilegal, Não Declarada e Não Regulamentada (INN): A pesca INN é um problema global que agrava a sobrepesca. Ela não apenas esgota os recursos pesqueiros de forma insustentável, mas também prejudica os pescadores que seguem as regulamentações, impacta a economia e a segurança alimentar de comunidades costeiras.

     Efeito na cadeia alimentar: A diminuição de espécies-chave pode desequilibrar toda a cadeia alimentar marinha, com consequências imprevisíveis para o ecossistema.

2. Poluição dos Oceanos

     A poluição, em suas diversas formas, também exerce uma pressão enorme sobre os estoques de peixes e a vida marinha em geral:

     Poluição plástica: O lixo plástico, especialmente os microplásticos, está presente em todos os níveis da cadeia alimentar marinha. Peixes e outros organismos marinhos ingerem essas partículas, que podem causar danos internos, fome e até a morte. Os microplásticos também podem acumular toxinas, que se biomagnificam ao longo da cadeia alimentar, chegando até os humanos que consomem esses pescados.

     Poluição química: Despejo de produtos químicos industriais, agrícolas (pesticidas, fertilizantes) e esgoto doméstico nos oceanos contamina a água e os sedimentos, afetando a saúde dos peixes, sua reprodução e sobrevivência. Isso pode levar a doenças, deformidades e à acumulação de metais pesados (como o mercúrio) nos tecidos dos peixes, tornando-os impróprios para o consumo humano.

     Poluição por óleo: Vazamentos e derramamentos de óleo causam danos devastadores aos ecossistemas marinhos, sufocando organismos, destruindo habitats e contaminando a água por longos períodos.

     Eutrofização: O excesso de nutrientes provenientes de fertilizantes e esgoto pode causar a proliferação de algas (bloom de algas), que esgotam o oxigênio da água, criando "zonas mortas" onde a vida marinha não consegue sobreviver.

     Cenário Atual e Perspectivas

     Apesar de a aquicultura (criação de peixes) ter crescido e superado a pesca de captura em volume de produção em 2022, o problema da diminuição dos estoques selvagens persiste. A FAO e outras organizações alertam para a necessidade de gerenciar de forma eficaz e sustentável todas as pescarias, e expandir a aquicultura de forma responsável.

     É crucial que medidas sejam tomadas para reverter essa situação, incluindo:

     Gestão pesqueira mais eficaz: Implementação de cotas de pesca, tamanhos mínimos de captura, temporadas de defeso e criação de áreas marinhas protegidas.

     Combate à pesca ilegal: Fortalecimento da fiscalização e cooperação internacional para combater a pesca INN.

     Redução da poluição marinha: Políticas mais rigorosas para controle de resíduos, incentivo à reciclagem, redução do uso de plásticos de uso único e tratamento adequado de esgoto.

     Promoção da pesca sustentável: Incentivar e certificar pescarias que adotam práticas responsáveis e conscientizar os consumidores a escolherem produtos de origem sustentável.

     Em suma, a diminuição dos pescados nos oceanos é um problema real e multifacetado, com a sobrepesca e a poluição desempenhando papéis centrais nesse declínio. A saúde dos nossos oceanos e a segurança alimentar de milhões de pessoas depende de ações urgentes e coordenadas para mitigar esses impactos.

 

Gemini

 

https://averdadenainternet.blogspot.com/search?q=Oceanos+polui%C3%A7%C3%A3o+

 

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/01/25/o-pais-superpovoado-que-podera-ficar-inabitavel-em-15-anos.ghtml

 

https://gemini.google.com/app/1823aec2e5e1a850

 

https://www.google.com/search?q=Pesca+ilegal+e+exageradas&rlz=1C1VDKB_enBR1148BR1148&oq=Pesca+ilegal+e+exageradas&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyBggAEEUYOTIHCAEQIRigAdIBCjM4MTYzajBqMTWoAgiwAgHxBVvVI1EyhF5M&sourceid=chrome&ie=UTF-8ç

 

Pensamento: A fome é a maior arma de destruição em massa que a humanidade já inventou.

 

Luiz Inácio Lula da Silva

 

 

 

 

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